Este 25 de Julho é Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha e também Dia Nacional da Mulher Negra, em homenagem à Tereza de Benguela, considerada rainha quilombola.
O Sinte-PI realizou, no Clube Social da categoria, uma Roda de Conversa sobre os desafios da mulher negra em vários aspectos da vida. A coordenadora do Instituto da Mulher Negra do Piauí – AYABÁS, professora mestra Halda Regina, foi a convidada especial nesta manhã, onde destacamos a importância da luta das mulheres negras, com destaques à Teresa de Benguela e Esperança Garcia, a primeira advogada negra do Brasil.
Ainda representando o Instituto Ayabás, a professora Lene Silva deu um depoimento de como a população negra, especialmente as mulheres são tratadas no dia a dia em várias situações, a professora aposentada Francisca Borges que também faz parte do Ayabás destacou a importância das mobilizações do movimento de mulheres negras. A secretária de combate ao Racismo do Sinte-PI, Izolda Macedo destacoou a importância de falarmos sobre a necessidade de sermos antirracista.
A presidente do Sinte-PI, professora aposentada Paulina Almeida, deu um depoimento emocionado da sua vida, filha de pais separados com cinco irmãos, ela foi a única mulher a se formar. E seguir no movimento social e sindical, se destacando e enfrentando muitos preconceitos por ser mulher e negra, até chegar à presidência do maior sindicato de trabalhadores/as do estado do Piauí, o SINTE-PI.
A secretária de mulheres do Sinte-PI, Antonia Ribeiro também falou um pouco de sua história. Única negra em uma família branca, enfrentou muitos preconceitos, o maior era dentro da própria família e teve que se reinventar em atividades esportivas e militância nos movimentos sociais e sindicais.
Mulheres que apanharam dos companheiros, que tiveram que enfrentar dificuldades criando filhos sozinhas, que tiveram sua capacidade questionada pela cor da pele e muitas histórias marcantes.
Homenagens e outras tantas histórias de vida foram relatadas e emocionaram a todas/os presentes com risos e lágrimas carregadas de um significado marcante na vida de cada mulher presente. Empatia e sororidade marcaram este evento.
Recebemos representantes do SINTE-PI, dos Núcleos Regionais do Sinte, Sindicato dos Comerciários, movimento de mulheres contra o feminicídio e CUT-PI.
A roda de conversa terminou com uma ciranda onde todas entoaram o grito ‘Lutando juntas até que todas sejamos livres’, já preparando para a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras previsto para acontecer em novembro de 2025, em Brasília.
Veja o álbum de fotos em: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1016053573863131&type=3
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