A professora Ana Maria, que é da base do Núcleo Regional de Picos, fez uma análise sobre o que viu e ouviu na assembleia dos trabalahdores em educação realizada dia 12 de março, que suspendeu o movimento grevista da categoria.
Leia depoimento:
"Se eu estiver enganada que alguém, que estava lá, me corrija, mas o que presenciei hoje (12), na assembleia em Teresina, foi um grupo de professores (alguns do município de Teresina, também ativos, aposentados e/ou em processo de aposentadoria do estado) muitas caras "novas" no que diz respeito a participação direta nos movimentos sindicais, organizados de forma irreverente em relação a diretoria do SINTE e, sobretudo, em relação a presidente da categoria, parece-me, que com o intuito de descaracterizá-la, talvez, por buscarem mais outros interesses, do que os interesses da classe.
Outra dificuldade enfrentada na luta, situa-se diante de um contexto político estadual midiático e impositor, com legislativo e judiciário na mão do executivo. E o que dizer de um juiz federal, que abre mão de um cargo legítimo para exercer uma secretaria de educação, cargo que é "passageiro"? E que nessa última negociação com a categoria, parece ter-se posicionado não como um Secretário, mas como Juiz!
Não se pode negar, ainda, que a nossa greve já iniciou com um número insatisfatório de participantes, com regionais fragilizadas, que nem chegaram a aderir ao movimento, temos consciência, é claro, que os avanços que tivemos, poderiam ser bem mais frutuosos, se a grande maioria tivesse abraçado a causa, mas infelizmente, muitos não conseguiram, talvez, vencer a barreira do medo, do comodismo e/ou de situações adversas. Vale ressaltar também, que as informações e rebates midiáticos, sobre a nossa realidade educacional favoreceu positivamente, a nossa luta.
E, os que de fato participam dos movimentos paredistas, sabem que temos uma diretoria sindical, em sua maioria, capaz! Que é de luta, de feitoria, de história e por isso, não deve ser julgada por uma parcialidade num recuar, com o objetivo de avançar numa discussão que também é luta e, só agora, foi aberta, sobre o nosso PCCS, para que esperançosamente, seja consumado.
Quem quer vencer uma guerra precisa ter sabedoria para saber a hora de avançar e a de recuar, para se munir de força e de estratégias que, de fato, sejam coletivas e efetivas.
Nós, que somos de luta, que fazemos o possível para participar ativamente do enfrentamento, precisamos agir com sensibilidade e com sabedoria pois, o respeito a decisão majoritária da categoria, deve ser fundamento de união e de força para que daqui a 180 dias sejamos vencedores!
"Unidos somos mais"
Ana Maria
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